Nova tecnologia permite identificar adulteração no Arla 32 com rapidez e precisão

O resultado sai em três minutos. O insumo falsificado danifica os catalisadores. Conserto pode custar R$ 50 mil. Além do prejuízo, o consumidor evita cometer crime ambiental.

O blog Cegonheiros do Brasil informou na matéria anterior que o uso do Arla 32 adulterado causa sérios danos aos catalisadores de caminhões pesados. O conserto pode ultrapassar R$ 50 mil. Mas a situação de quem for flagrado rodando com o produto fora dos padrões definidos pela legislação brasileira pode piorar. A irregularidade configura crime ambiental, retenção do veículo e outras implicações penais, além de multas. Para evitar perrengues financeiros e com a fiscalização em rodovias, os consumidores e transportadoras já dispõem de uma tecnologia para verificar se a ureia usada no reagente é de alta pureza, conforme determinação da norma ISO 22241.

Uma nova tecnologia permite de forma rápida e precisa, e com apenas cinco gotinhas, identificar o Arla 32 adulterado. O AR4 Test foi desenvolvido pela AR4, com validação técnica do laboratório Falcão Bauer e endossado pela Associação Nacional dos Fabricantes de ARLA 32 (Anfarla).

O AR4 Test é um ensaio qualitativo de aldeído aplicado ao ARLA 32, que permite detectar em apenas três minutos se o produto foi fabricado com ureia automotiva, como exige a legislação, ou se houve uso de ureia agrícola, altamente prejudicial. 

O teste foi homologado e está em conformidade com a norma ABNT NBR 17.169. O AR4 Test já está sendo usado em fiscalizações promovidas por autoridades de trânsito e de proteção ao meio ambiente.

A disseminação do uso do teste está gerando mudança de comportamento e reações no mercado automotivo. Desde seu lançamento, a Anfarla e a própria AR4 registraram relatos de devoluções de cargas e de renegociações de contratos com fornecedores. Empresas que antes se valiam das dificuldades para checagem da qualidade do produto estão enfrentando resistência e começam a rever suas estratégias.

Para Roberto Roque, vice presidente da Anfarla, a expectativa – com a disseminação do AR4 Test e a crescente conscientização dos frotistas – é de que o índice de adulteração caia significativamente nos próximos meses, com impacto positivo não só para os transportadores e para a arrecadação fiscal, mas para toda a cadeia logística, montadoras e, principalmente, para o meio ambiente.

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